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Presidente do Cuiabá cobra calote de R$ 41 milhões e pede fair play financeiro

Foto:Secom-MT

Da redação

O presidente do Cuiabá Esporte Clube, Cristiano Dresch, fez um apelo público para que o futebol brasileiro adote com mais seriedade o fair play financeiro, cobrando responsabilidade e punições para clubes inadimplentes. Em artigo publicado nesta quarta-feira (5) no jornal “Folha de S.Paulo”, Dresch revelou que os clubes brasileiros devem cerca de R$ 41 milhões ao Cuiabá em transações ainda não quitadas. A manifestação ocorre dias após o time mato-grossense não ter mais chance de acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.

“O futebol está cada vez mais profissional e competitivo. A responsabilidade financeira deve ter o mesmo peso que o desempenho dentro de campo”, afirmou o dirigente. Segundo ele, a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), órgão da CBF responsável por julgar conflitos entre clubes, atletas e intermediários, é fundamental para garantir equilíbrio, mas ainda carece de investimento e estrutura. “Fortalecer a câmara é fortalecer a governança do futebol brasileiro”, defendeu.

Dresch citou o caso do Atlético-MG, que comprou o atacante Deyverson em agosto de 2024 e, mesmo após o jogador ajudar o time na campanha da Libertadores e ser vendido ao Fortaleza, ainda não quitou o valor devido ao Cuiabá. “Essa realidade mostra como o sistema atual, sem punições efetivas, premia quem não cumpre”, criticou.

O dirigente comparou o cenário nacional com práticas internacionais. “A Alemanha adota regras rígidas desde 1962; a Itália, desde 1981; e a Holanda, desde 2003. Este ano, o Vitesse Arnhem foi excluído do futebol profissional após irregularidades administrativas”, exemplificou. Ele lembrou ainda que Chelsea, Barcelona e Lyon foram multados pela Uefa neste ano por descumprirem regras financeiras.

Para Dresch, o Brasil precisa adotar o mesmo rigor. “Defender o fair play financeiro não é defender burocracia, mas responsabilidade e coerência”, afirmou. O presidente destacou que a CNRD já representa um avanço, mas necessita de apoio da CBF e dos clubes para se tornar mais ágil e eficiente. “Investir no órgão é investir na credibilidade e na sustentabilidade do futebol nacional”, concluiu.

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