Gás do Povo começa em janeiro em Cuiabá; MT tem o botijão mais caro

Foto: Agência Brasil
Por Adriana Mendes
Com previsão de começar em janeiro em Cuiabá, Mato Grosso aparece com o valor de referência mais caro do país para o botijão de 13 kg no programa Gás do Povo, segundo tabela divulgada pelos Ministérios da Fazenda e de Minas e Energia (MME). No estado, o preço foi fixado em R$ 125, acima de vizinhos como Mato Grosso do Sul (R$ 100) e Goiás (R$ 98) — e superior também aos valores registrados em estados do Norte, como Amazonas (R$ 94) e Acre (R$ 122). Ainda não foram divulgados dados sobre o número de famílias que serão atendidas em Mato Grosso.
O Ministério de Minas e Energia informou que os preços de referência do GPL foram calculados com base em dados históricos. Segundo a pasta, os valores apurados pela ANP “refletem fatores econômicos específicos de cada unidade da federação, como variações tributárias e custos logísticos, que impactam de maneira distinta na formação do preço final”.
Na semana passada, o governo federal iniciou a liberação do gás de cozinha para famílias em situação de vulnerabilidade. A fase inicial do Gás do Povo entrou em operação em dez capitais e liberou o sistema de consulta para verificar quem foi contemplado e como retirar o botijão.
Para ter acesso ao benefício, é necessário estar inscrito no CadÚnico, ter renda per capita de até meio salário mínimo e cadastro atualizado nos últimos 24 meses. Beneficiários do Bolsa Família têm prioridade. O programa substitui o antigo auxílio em dinheiro por um modelo de entrega direta do botijão.
A implementação é piloto e escalonada. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, o Gás do Povo foi limitado inicialmente a 1 milhão de famílias neste ano “para permitir um início seguro e monitorado”. A segunda etapa começa em janeiro de 2026, e a expansão para todo o país está prevista para março do próximo ano.
Como será feita a retirada do botijão
No novo modelo do programa Gás do Povo, o auxílio só poderá ser utilizado diretamente nos estabelecimentos credenciados para a venda de botijões.
O beneficiário apresenta o voucher, em papel ou no celular, no local de compra e recebe o botijão na hora, dispensando qualquer transação bancária intermediária.
A mudança busca reduzir fraudes, evitar que o recurso seja desviado para outros usos e garantir que o apoio chegue exatamente ao propósito para o qual foi criado: assegurar gás de cozinha às famílias mais vulneráveis.
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