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O Rei Leão: Arte Viva encanta com releitura sustentável e inclusiva

*Fátima Lessa

Foto: Rhadyja Mello Celzoski

O Grupo Arte Viva, de Lucas do Rio Verde, trouxe ao palco do Cine Teatro Cuiabá uma versão do musical “O Rei Leão” que resgatou a magia do clássico de 1994 de forma inovadora e envolvente.

O espetáculo, apresentado no último sábado e domingo, trouxe uma adaptação fiel ao filme original, enriquecida por um toque de criatividade que merece destaque.

Com um elenco de 29 pessoas – 16 atores e 13 dançarinos, a maioria composta por crianças e adolescentes – a produção se mostrou à altura das grandes companhias teatrais.

O Arte Viva ofereceu um espetáculo fascinante que, além de homenagear o clássico da Disney, reinterpretou a história com um forte enfoque na sustentabilidade e inclusão.

Os figurinos e as máscaras, feitos a partir de materiais recicláveis, foram um dos grandes destaques da produção. Ao invés de simplesmente imitar os animais, o cenário e os adereços adotaram uma abordagem criativa e sustentável, sublinhando a importância da preservação ambiental e refletindo um compromisso com a consciência ecológica. A simplicidade e a transparência dos elementos cênicos enriqueceram a autenticidade da apresentação.

O sucesso do espetáculo foi evidente na resposta do público, que se envolveu profundamente na história e não resistiu ao som de “Hakuna Matata”. A interação vibrante da plateia, composta tanto por crianças quanto por adultos, evidenciou o impacto emocional e a capacidade de engajamento da peça. A energia contagiante durante a famosa canção foi um claro reflexo da experiência memorável proporcionada pela apresentação.

A adaptação surgiu de uma proposta da oficina de teatro da Secretaria de Cultura de Lucas do Rio Verde. Inicialmente planejado para apenas duas a três apresentações, o musical teve sua primeira versão realizada em Sorriso com uma duração de 2h15. Dada a grande aceitação do público, a peça foi reformulada com a colaboração de Tom Brito e Benone Lopez, resultando em uma segunda adaptação com duração reduzida para 1h20.

Segundo a diretora Sonia Silva, a escolha de “O Rei Leão” foi motivada pela intenção de promover a inclusão e abordar temas como superação e reencontro com a essência pessoal, enquanto encantava a plateia. Desde sua estreia em novembro de 2023, o grupo Arte Viva tem demonstrado que, com criatividade e compromisso social, é possível reviver clássicos de maneira que ressoe com o público contemporâneo e faça uma diferença significativa. O resultado é uma celebração envolvente de talento e conscientização, que deixa uma impressão duradoura e convida todos a se inspirarem e se engajarem.

 

*Fátima Lessa é Jornalista (UFMA) e Mestra em Política Social (UFMT)

 

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