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Adriana Mendes

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Quem vai para o segundo turno em Cuiabá

Foto: Isabella Nascimento

Depois de um período em que a democracia brasileira foi colocada à prova, com questionamentos sobre a lisura das urnas e ataques às instituições, a eleição municipal de 2024 tem um cenário mais calmo, embora os desafios persistam. A democracia estará no segundo turno com certeza.

No caso dos candidatos que disputam a prefeitura de Cuiabá, o eleitor que estava em dúvida pôde, nesta semana, fazer uma análise da performance com os dois últimos debates na TV Vila Real (Grupo Gazeta/Record), realizado na terça-feira (1º), e na quinta-feira (3), na TV Centro América (Globo/Rede Mato-grossense ). O problema é que, nos dois casos, o confronto de ideias foi pífio.

A proposta é que seja um momento de discussão que ajude o eleitor a decidir seu voto, afinal, domingo é dia de eleição. Até agora, nesta campanha, foi o mais do mesmo. Até em um tema específico, o candidato deixa de responder, fala sobre outro assunto e ataca o adversário. O formato longo de debates, com réplica, tréplica, e os postulantes saindo sempre do assunto, defendo que seja repensado.

Analisando a campanha eleitoral em Cuiabá (MT), vejo um Abílio Brunini (PL) sagaz. Em alguns momentos, tentou segurar sua personalidade sarcástica, o tom provocativo, mas prevaleceram as ironias e os ataques. Provavelmente, ganhou pontos com eleitores que vibram com esse posicionamento, mas também perdeu ao focar apenas no adversário e não em suas propostas.

O petista Lúdio Cabral apanhou por deixar de lado o tradicional vermelho de seu partido, mas não perdeu a estribeira. Ele é o nosso “chuchu cuiabano” por se manter sempre na linha. Por outro lado, também se posicionou firme nos contra-ataques, com respostas sobre seu plano de governo sempre na ponta da língua. Ponto positivo.

O postulante Eduardo Botelho (União), apesar da ampla rede de apoio comandada pelo governador Mauro Mendes (União), tem telhado de vidro e sofre com as acusações de adversários. Apresenta dificuldade para se apresentar como o “novo” para a administração da cidade. É o candidato que tem mais recursos financeiros, a maior coligação, com a engrenagem problemática.

Já o estreante nas eleições, Domingos Kennedy (MDB), se esforçou para aprender política na prática. O empresário que não tem chance de um segundo turno se tornou uma  peça importante no tabuleiro porque vai tirar votos dos outros candidatos. É resultado do trabalho de seu padrinho, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que atua firme para minar a campanha apoiada por seu maior adversário, Mauro Mendes.

Há uma grande expectativa com as últimas pesquisas neste fim de semana. Nesta reta final foram apresentados vários cenários, com resultados distintos. Vamos aguardar o resultado das urnas.

O que está em jogo é o futuro de Cuiabá, que será moldado nas urnas neste domingo. Cabe a cada eleitor refletir sobre o que deseja para a cidade e escolher com consciência. E essa é, sem dúvida, a maior vitória.

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