Lobista deixa prisão esquelético e com saúde agravada

Foto: reprodução
Apontado como peça central no esquema de venda de sentenças que envolve o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e outras instâncias do Judiciário, o lobista Andreson de Oliveira Gonçalves deixou a prisão por determinação do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Preso desde novembro de 2023, ele apresentava um grave quadro de desnutrição e complicações após uma cirurgia bariátrica realizada em 2020. Durante os meses de detenção, teria perdido mais de 30 kg.
A decisão de Zanin atendeu a um pedido da defesa, que relatou o agravamento do estado de saúde de Andreson durante os quase oito meses de prisão. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, também se manifestou favoravelmente à soltura. Agora, o lobista vai cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica em sua casa em Primavera do Leste (MT), a 234 km de Cuiabá.
A coluna Grande Angular, de Lilian Tahan e Isadora Teixeira no Metrópoles, divulgou imagens do lobista com aparência extremamente debilitada, visivelmente esquelético.
Parceiro do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023, Andreson é considerado um “arquivo vivo” da investigação. Segundo o Ministério Público, ele teria atuado em um esquema de venda de decisões judiciais com envolvimento de servidores dos gabinetes dos ministros do STJ Nancy Andrighi, Og Fernandes, Isabel Gallotti e Paulo Moura Ribeiro.
A apuração começou após a morte de Zampieri. O celular da vítima foi apreendido, e os diálogos encontrados com magistrados e desembargadores acabaram enviados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dando início à investigação que hoje mira parte do Judiciário brasileiro.
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