O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na noite desta quarta-feira (6), ao retomar o comando da Mesa Diretora, que a democracia “não pode ser negociada” e que interesses pessoais ou eleitorais não devem se sobrepor à vontade popular. O plenário estava ocupado desde terça-feira por parlamentares da oposição, contrários à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Motta chegou a ameaçar suspender por até seis meses os deputados que ocuparam a Mesa, com base no Regimento Interno da Câmara.

Deputados do PL de Mato Grosso – Cel. Fernanda, José Medeiros, Rodrigo da Zaeli e Nelson Barbudo –  e  o Cel. Assis, do União, integravam a força-tarefa bolsonarista no motim. Eles pressionam pela votação do projeto de Anistia. No Senado, parlamentares se acorrentaram à Mesa utilizada para comandar as reuniões. (G1/Folha SP)

Isenção do IR – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, anunciou uma votação remota nesta quinta-feira (7)  para contornar o bloqueio de aliados de Bolsonaro e tentar manter a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos. A medida provisória vence na segunda (11) e, sem aprovação, os valores voltam ao patamar anterior. A proposta já foi aprovada na Câmara, mas ainda depende do Senado. (Poder 360)

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) apareceu ontem (6) no plenário com uma mordaça e exibiu a tornozeleira eletrônica imposta por decisão de Alexandre de Moraes, após viajar sem autorização. Ele estava acompanhado de colegas que rejeitam acordo com o STF para retirada do dispositivo. ( Metrópoles)

Promessa de pressão

O deputado Dr. João (MDB) afirmou que a Assembleia Legislativa vai priorizar debates sobre o possível fechamento da Santa Casa e os empréstimos consignados irregulares. Ele destacou a importância do hospital no atendimento oncológico e disse que há articulações para salvá-lo. Sobre os consignados, acredita que o TCE age com discrição, mas reforçou que “não pode acabar em pizza. ( Gazeta) 

Articulação para estender suspensão da Capital Consig

Sete sindicatos e a Fessp-MT pediram ao governo estadual a prorrogação, por mais 90 dias, da suspensão dos descontos em folha feitos pela Capital Consig e outras instituições investigadas. A suspensão atual vence em breve, mas as apurações ainda não foram concluídas, o que, segundo as entidades, deixa os servidores em situação de insegurança jurídica e vulnerabilidade financeira. O grupo também cobra um cronograma oficial para o fim das investigações. (Olhar Direto)

Apoio a Pivetta desafia norma do PL

O PL editou uma resolução que proíbe filiados com mandato de apoiarem pré-candidatos de outros partidos em 2026. A regra atinge em cheio aliados de Pivetta (Republicanos), como o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, e a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti. Quem descumprir pode perder acesso ao fundo partidário e ter a candidatura barrada. A medida expõe tensões dentro do partido em Mato Grosso. (Gazeta)

Governo militariza escola após agressão a aluna

Funcionando há 75 anos no Centro de Alto Araguaia, a Escola Estadual Carlos Hugueney será militarizada. A medida foi apontada como “solução” do governo estadual após uma aluna de 12 anos ser brutalmente agredida por quatro colegas, integrantes de um grupo inspirado em facções criminosas. Segundo o secretário de Educação, Allan Porto, a escola receberá reforço policial com apoio de policiais da reserva. Hoje, Mato Grosso conta com 130 escolas militares. A medida foi criticada pelo Sintep e especialistas. (Gazeta/eh fonte)

Ofensiva contra Moraes na Europa 

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) e o ex-apresentador da Jovem Pan Paulo Figueiredo articulam ofensiva na Europa para pedir sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A alegação é de que Moraes teria violado direitos de cidadãos europeus com dupla nacionalidade. Parlamentares de direita no Parlamento Europeu já haviam feito pedido semelhante. A ação busca repetir medidas adotadas pelos EUA. (Folha SP)

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Meio ambiente

Foto: Polícia Civil

Justiça libera gado de pecuarista que desmatou Pantanal

O Tribunal de Justiça (TJMT) revogou a apreensão do gado do pecuarista Claudecy Lemes, acusado de desmatar 3,8 mil hectares no Pantanal entre 2013 e 2018. A Justiça considerou os animais essenciais para sua subsistência e manutenção da empresa. A decisão manteve o embargo das 11 fazendas, avaliadas em mais de R$ 1 bilhão. O passaporte foi devolvido, mas viagens ao exterior precisam de autorização prévia. Claudecy responde a processo criminal, mesmo após reconhecimento de prescrição do crime ambiental. Ele segue cumprindo as medidas judiciais impostas.(G1)

COP30 confirmada em Belém

O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, reafirmou que a conferência será realizada em Belém (PA) e que “não existe um plano B” para mudança de sede. Ele reconheceu, no entanto, a disparada nos preços da hospedagem na capital paraense. Segundo Corrêa, enquanto em cidades como Glasgow e Baku os hotéis chegaram a dobrar os valores, em Belém há relatos de tarifas até 15 vezes maiores. A situação já levou o presidente da Áustria, Alexander Van der Bellen, a cancelar a vinda, e países sugerem levar parte da agenda para outra cidade. (CNN)

Economia

Foto: reprodução/Globo Rural

Condições climáticas afetam produção de soja em MT

Em diversas lavouras do Paraná e de Mato Grosso, produtores se depararam com hastes quebradas nas plantas, o que resultou no tombamento de milhares de hectares. Após investigação, pesquisadores da Embrapa Soja, Fundação Rio Verde e Unesp concluíram que o problema não se trata de uma doença, mas de reação a condições climáticas, como chuvas com vento. Em Mato Grosso, o problema causou perdas de até 35% em algumas fazendas, agravadas por ataques de fungos. (Globo Rural)

Brasil aciona EUA na OMC contra tarifaço

O governo brasileiro acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os Estados Unidos após o tarifaço imposto por Donald Trump às exportações do Brasil. A medida, que já está em vigor, prevê sobretaxas de 50%. O Itamaraty formalizou um “pedido de consulta”,  fase preliminar antes da abertura de um painel de julgamento. As tarifas foram decretadas sob alegações de “ameaças” aos EUA. As negociações ainda terão local e data definidos. 

Empresas de Mato Grosso reagiram à exclusão do estado nas negociações para exportação de carne bovina ao Japão. O governo federal priorizou frigoríficos do Sul, que respondem por menos de 4% das exportações brasileiras. O mercado japonês é visto como estratégico e altamente rentável. (Estadão SP/Folha)

EUA taxam Índia por relação com Rússia

Os EUA impuseram tarifa extra de 25% sobre produtos da Índia, alegando que o país financia a guerra na Ucrânia ao comprar petróleo russo. A medida ocorre em meio à pressão por um cessar-fogo e críticas às alianças estratégicas de Nova Déli. (Valor) 

Lula diz que “não vai se humilhar”

O presidente Lula afirmou que irá convocar os líderes da Índia, Narendra Modi, e da China, Xi Jinping, para discutir uma resposta conjunta do Brics ao tarifaço de Donald Trump. Uma ligação entre Lula e Modi já está prevista para esta semana. O presidente disse não ver espaço no momento para diálogo direto com Trump: “Não vou me humilhar” e justificou que não ligou porque “ele não quer telefonema”. (O Globo)

O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) classificou como incompreensível a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e criticou Donald Trump, afirmando que o mundo não precisa de um “imperador” ou “tirano”. Ele também condenou os brasileiros que comemoram a medida como ataque ao governo Lula, alertando que os prejuízos atingem toda a economia. A taxação afeta setores como madeira e carne bovina de Mato Grosso. (Olhar Direto)

O dólar fechou em queda de 0,78%, cotado a R$ 5,46, no dia em que entrou em vigor o tarifaço do governo dos EUA. A desvalorização da moeda ocorre em meio a apostas de corte de juros pelos norte-americanos. Já o Ibovespa teve alta de 1,04% e encerrou o pregão aos 134.538 pontos. (G1)

Digital

Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasi

App em teste quer salvar línguas indígenas

Pesquisadores do Brasil e da Alemanha estão desenvolvendo um “Duolingo indígena” para revitalizar línguas nativas ameaçadas. O app, testado em comunidades de Mato Grosso e Rondônia, usa inteligência artificial e jogos educativos. O projeto é gratuito, sem fins comerciais, e tem participação direta de indígenas. A proposta é adaptar o aprendizado ao contexto cultural de cada povo. (IstoÉ) 

Cotidiano

Foto: Reprodução

Campanha para transferência de elefante para MT

A atriz Bianca Bin e a Agência de Notícias de Direitos Animais lançaram um abaixo-assinado pedindo a transferência do elefante Sandro, do Zoológico de Sorocaba, para o Santuário de Elefantes do Brasil, em Chapada dos Guimarães (MT). A campanha já reúne cerca de 22 mil assinaturas, incluindo Xuxa e Glória Pires. A Justiça autorizou a mudança em abril, mas a prefeitura recorreu e barrou a transferência. Entidades apontam falta de estrutura e isolamento do animal. (Mônica Bergamo/ Folha SP)