A comemoração da independência, em 7 de Setembro, foi palco de manifestações tanto da direita como da esquerda em todo país. Em Brasília, como é tradição, o presidente Lula chegou de carro aberto com a primeira-dama Janja. A cerimônia contou com a presença dos chefes das Forças Armadas, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e de ministros do governo. Ministros do STF não compareceram. Parte do público gritou “sem anistia”, em referência à proposta que está sendo costurada no Congresso para anistiar os envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

O evento buscou reforçar a mensagem de soberania nacional e patriotismo, em contraponto direto à narrativa bolsonarista e em meio ao tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Em Cuiabá, o prefeito Abilio Brunini (PL) adotou um inédito desfile em carro aberto. Ele chegou acompanhado pelo secretário da Casa Civil de Mato Grosso, Fábio Garcia, e por um representante do Exército. Após a apresentação de 7 de Setembro, Abilio fez questão de destacar que apenas os “bombeiros” estavam de vermelho, numa referência ao PT, ressaltando que parte da corporação usava “laranja”.

O desfile na capital saiu da Praça Santos Dumont, seguiu pela Av. Getúlio Vargas até a Praça Alencastro. A programação contou com a participação de escolas estaduais e municipais, além das forças militares e de segurança pública. (G1/O Globo/eh fonte)

Atos da esquerda 

A manifestação do Grito dos Excluídos reuniu movimentos sociais, entidades estudantis e sindicatos em defesa da justiça social, taxação dos super-ricos, isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil e o fim da escala de trabalho 6X1.O grupo saiu da Praça Cultural do Jardim Vitória até o ginásio Verdinho, no CPA.  O tema deste ano foi “Cuidar da Casa Comum é da Democracia e a Luta de Todo Dia”.

O arcebispo de Cuiabá, Dom Mário Antônio da Silva, participou da manifestação mesmo após sofrer ameaças e ataques virtuais por sua convocação à participação social. (eh fonte)

Uma bandeira do Brasil gigante surpreendeu os 8,8 mil manifestantes que participavam o ato organizado por partidos e organizações de esquerda na Praça da República, no centro de São Paulo. A estimativa de público foi feita pelo “Monitor do debate político”, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

Veja os protestos a favor e contra Bolsonaro que marcaram o 7 de Setembro (BBC)

Bolsonaristas pedem anistia

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro realizaram atos em diversas cidades pedindo anistia aos condenados por crimes contra a democracia. Sob o lema “Reaja, Brasil: o medo acabou”, as manifestações tiveram ataques ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes. Em São Paulo, manifestantes levaram uma bandeira gigante dos EUA à Avenida Paulista e exibiram cartazes em inglês pedindo novas ações de Donald Trump contra o Supremo. Segundo estimativas do Cebrap e da USP, os atos reuniram 42,2 mil pessoas em São Paulo e 42,7 mil no Rio de Janeiro.

Na Paulista, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que “ninguém aguenta mais” a “tirania” do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

O decano do STF, ministro Gilmar Mendes, rebateu Tarcísio nas redes sociais: “O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe”. (CNN/G1)

Na Praça 8 de Abril, em Cuiabá, manifestantes participaram do ato “Reaja Brasil”, que exibiu cartazes com frases como “Fora Lula e Xandão” e “Anistia Já”. Durante a mobilização, foi reproduzido um áudio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, no qual afirmou que o marido, em prisão domiciliar, “daria tudo para estar aqui, sentindo o carinho de vocês”. O evento contou com a presença dos deputados Coronel Assis (União), Elizeu Nascimento (PL), Rafael Ranalli (PL) e Diego Guimarães (Republicanos). (RDnews)

O prefeito de Cuiabá transformou o ato por anistia em ‘comício anti-MDB’ e declarou guerra à pré-candidatura de Janaina Riva. A fala expõe a divisão interna do partido. (Olhar Direto)

 

 

Só duas policlínicas funcionando em MT

Cuiabá e Várzea Grande, que já chegaram a ter 10 policlínicas, enfrentam hoje uma forte redução no número de unidades. Em Várzea Grande, nenhuma unidade está em funcionamento, enquanto em Cuiabá restou apenas a do bairro Pedra 90. No estado, além dela, só há mais uma policlínica em atividade, em Sinop. Os fechamentos ocorreram após mais de 180 irregularidades apontadas pela Vigilância Sanitária. Com a desativação, a população enfrenta sérias dificuldades, sendo obrigada a percorrer longas distâncias em busca de atendimento. (Gazeta)

Qualidade do ar ameaça a saúde

Respirar, especialmente durante o período de estiagem, tem se tornado um desafio. Queimadas e baixa umidade comprometem a saúde. Um estudo da Unemat em parceria com a Fiocruz revelou que, em 2022, a qualidade do ar em Cuiabá se aproximou da registrada em grandes centros urbanos como São Paulo. Já Várzea Grande superou Mazaffarnagar, na Índia, 15ª cidade mais poluída do mundo. A pesquisa, que analisou 15 municípios entre 2018 e 2022, mostrou que todos ultrapassaram os limites de segurança para partículas finas (MP2,5) estabelecidos pela OMS e pelo Conama. (RDNews)

 

Meio Ambiente

MT é o 3º estado com mais focos de incêndio

Entre 1º e 9 de setembro, Mato Grosso registrou 558 focos de incêndio, sendo o terceiro estado com mais ocorrências no país. A maioria dos casos ocorreu no bioma Amazônia, com 301 focos, seguido pelo Cerrado, com 226 registros, e pelo Pantanal, com 31 pontos de calor. Apesar do número ser expressivo neste ano, o estado apresentou uma redução de 94% em relação ao mesmo período do ano passado. (Primeira Página)

 

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Economia

Petrobras mira etanol de milho

O interesse da Petrobras em investir no etanol de milho reforça a consolidação do setor, que já responde por 17% da produção nacional, contra 8% há quatro anos. A expansão ocorre com 24 biorrefinarias em operação e mais 32 em construção ou autorizadas, em estados como Mato Grosso e no Matopiba (fronteira agrícola que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). O combustível se mostra mais rentável que o de cana por gerar subprodutos como o DDG (grãos secos de destilaria, usados como ração animal), que cobrem até 40% dos custos.

A Inpasa, a maior empresa do setor, anunciou na semana passada uma joint venture com a gigante do agro Amaggi para construir três plantas em Mato Grosso. (Folha SP)

Exportação ilegal de diamantes

O comércio brasileiro de diamantes movimentou US$ 11,2 milhões em 2025, segundo o Instituto Escolhas, mas ainda tem peso pequeno frente ao mercado global de US$ 102 bilhões. Em agosto, a Justiça Federal suspendeu a empresa MHX, acusada de extrair pedras ilegalmente no Amazonas. A denúncia envolve usurpação de bens da União, lavagem de dinheiro e fraude.Uma perícia confirmou que 57,95 quilates da companhia vieram de garimpo ilegal. A produção brasileira é concentrada na Bahia (80%), com apenas 2% na Amazônia, sobretudo em Mato Grosso e na Terra Indígena Roosevelt, do povo Cinta-Larga. (Valor)

Mais espaço para PCDs no mercado

O Ministério do Trabalho e Emprego e o INSS vão integrar dados para aumentar em 15% a ocupação das vagas de pessoas com deficiência e reabilitados. Com uso de inteligência artificial, a meta é facilitar o encontro entre candidatos e empresas até 2026. A Lei 8.213/1991 obriga empresas a reservarem cotas de contratação para esse público. (Jota)

 

Pix terá teto para instituições não autorizadas

O Banco Central definiu em R$ 15 mil o valor máximo para transferências feitas por Pix ou TED em instituições de pagamento que ainda não têm autorização formal para operar. Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, 99% das transações de empresas ficam abaixo desse limite. A regra tem como objetivo facilitar o rastreamento de movimentações suspeitas ligadas ao crime organizado. (CNN)

Sob vaias, Fávaro defende ações do governo

No Rio Grande do Sul, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, foi vaiado na abertura da Expointer. Fávaro disse compreender os protestos, mas pediu respeito. Ele prestou solidariedade às famílias afetadas pela crise econômica agravada pelos efeitos do clima, e ressaltou que o governo federal tem se mostrado presente. (Correio do Povo)

 

Agenda da semana

Segunda-feira – 08/09

• ALMT realiza o 1º Encontro Estadual da Procuradoria Especial da Mulher, com o tema: “Violência de Gênero na Política e Fortalecimento das Procuradorias da Mulher em MT”. O evento será no Teatro Zulmira Canavarros, às 8h.
• Cuiabá x CRB, às 19h, na Arena Pantanal, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro Série B.

CPMI do INSS ouve o ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi, às 16h.

Banco Central divulga o Relatório Focus.

 Terça-feira – 09/09

• Câmara de Cuiabá ouve depoimentos da CPI das Fraudes Fiscais, às 15h.
• Legislativo municipal promove audiência para discutir possível projeto do Executivo que trata da privatização da educação, às 18h.

PEC dos precatórios será promulgada às 15h.

Primeira Turma do STF retoma o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro  e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado.

Brasil encerra sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo enfrentando a Bolívia, às 20h30 (horário de Brasília), em El Alto.

Quarta-feira – 10/09

IBGE divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto de 2025.

 Quinta-feira – 11/09

• ALMT realiza audiência pública para discutir os “Ataques Violentos em Escolas”, às 9h.
• Legislativo estadual promove audiência pública para debater a violência doméstica e feminicídio no estado, às 14h.
• SES-MT realiza seminário para discutir a reestruturação da Atenção Primária à Saúde (APS), das 8h às 17h, no Hotel Fazenda Mato Grosso.

 IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Comércio de julho de 2025.