Bolsonaro começa a cumprir pena e espólio político entra em disputa
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decretou o início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses de prisão no caso da trama golpista. Bolsonaro deverá permanecer na Superintendência da PF em Brasília, onde já está preso preventivamente desde o último sábado (22). O ministro citou a prisão de Lula em 2018 para manter o ex-presidente na PF.
O Centrão evita aderir a vigílias e discursos sobre anistia que possam tensionar ainda mais o STF, onde vários de seus integrantes têm interesses diretos. A jornalista Vera Rosa, do Estadão, revela que os líderes do bloco pressionam para que Jair Bolsonaro defina rapidamente quem será seu candidato à sucessão, antes que perca ainda mais capital político. O grupo que o sustentou no orçamento secreto agora busca um nome competitivo para 2026.
Os rumos da direita devem dominar as conversas de bastidor no 3º Congresso Cerealista Brasileiro, que reúne a partir desta quarta (27), no Malai Manso, em Chapada dos Guimarães, governadores e algumas das principais lideranças do agronegócio. Entre os presentes previstos estão os governadores Romeu Zema (MG), Tarcísio de Freitas (SP), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes, além dos presidenciáveis Ratinho Junior (PR) e Eduardo Leite (RS).
A decisão de Moraes pegou as defesas de surpresa. Elas apontaram cerceamento de direito de defesa e prometeram novos recursos mesmo com a conclusão da ação.
Outros condenados
Os ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira foram presos após decisão do STF que confirmou o trânsito em julgado da trama golpista. Sem possibilidade de novos recursos, ambos foram levados ao Comando Militar do Planalto.
Já o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos foi levado à Estação Rádio da Marinha, em Brasília.
Anderson Torres, condenado a 24 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, foi preso no escritório de seu advogado, Eumar Novacki, no Lago Sul.
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) teve a perda de seu mandato determinada pelo STF, que ordenou que a Câmara seja comunicada da decisão ligada à condenação pela trama golpista. A cassação deverá ser formalizada pela Mesa da Casa. Nos EUA, ele já estava com prisão preventiva decretada e deve cumprir pena de 16 anos e 1 mês. (G1/Metrópoles/O Globo/ Estadão SP)
Hugo Motta freia avanço de proposta de anistia
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), pretende segurar as discussões sobre uma anistia ampla que inclua o ex-presidente Bolsonaro ou mesmo sobre a proposta de redução de penas, o chamado PL da Dosimetria. A aliados, ele tem dito que o momento é muito conturbado e que pautar o tema agora seria “colocar lenha na fogueira”. (CNN)
Assembleia de MT acelera votação do Orçamento de 2026
O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), cancelou a sessão desta quarta-feira (26) que analisaria 13 vetos do governador Mauro Mendes (União) e colocou na pauta a primeira votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, estimada em R$ 40,7 bilhões. A mudança ocorreu porque a análise dos vetos poderia atrasar a votação do Orçamento. A LOA precisa ser aprovada antes do recesso de 17 de dezembro para evitar que o governo inicie o próximo ano com o orçamento contingenciado. (MidiaNews)
Teletrabalho é autorizado no Executivo de Cuiabá
O prefeito Abilio Brunini (PL) sancionou a lei que regulamenta o teletrabalho para servidores do Executivo municipal, definindo regras, requisitos e limites para a modalidade. A adesão será opcional, dependerá da conveniência do serviço e da autorização do gestor, e só valerá para atividades com produtividade mensurável. A norma também dá prioridade a gestantes, lactantes, responsáveis por crianças de até 3 anos, por pessoas com TEA. deficiência ou doença grave aptos ao trabalho. (Primeira Página)
Empresário preso pela PF tentou contrato milionário em MT
O empresário Humberto Silva, preso pela PF em Cuiabá na Operação Paralelo Cinco, que apura um esquema de desvio milionário na saúde em cidades do Rio Grande do Sul e de São Paulo, participou de uma licitação de R$ 12,3 milhões com a Secretaria de Estado de Saúde (SES). O governo afirmou que o contrato não chegou a ser efetivado após a publicação da dispensa de licitação no Diário Oficial. Dono do Creap, Silva é sócio de Diógenes de Abreu Fagundes, marido da deputada Janaina Riva (MDB) e filho do senador Wellington Fagundes (PL). A operação também bloqueou 14 imóveis, 53 veículos, uma embarcação e mais de R$ 22,5 milhões de 20 investigados. (Gazeta)
Câmara de Cuiabá proíbe concursos para cadastro reserva
A Câmara de Cuiabá aprovou, em segunda votação, o projeto que proíbe a realização de concursos públicos destinados exclusivamente à formação de cadastro reserva ou com oferta simbólica de vagas. A proposta determina que todos os concursos da administração direta e indireta do município devem prever, obrigatoriamente, vagas efetivas para preenchimento imediato. O texto também proíbe o uso de processos seletivos simplificados para ocupar cargos que já tenham candidatos aprovados em concursos ainda vigentes. (Olhar Direto)
Justiça mantém inquérito da PF contra Chico 2000
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) negou o habeas corpus do vereador de Cuiabá Chico 2000 (PL), que apura suposta compra de votos nas eleições de 2024. Ele é acusado de oferecer “vantagens indevidas” a eleitores ligados a outro candidato do próprio partido. Na ação, a defesa alegou obtenção irregular de provas. Chico 2000 é investigado por captação ilícita de sufrágio e difamação eleitoral, crimes com penas que podem chegar a cinco anos de reclusão. (MidiaNews)
Presídio de Sorriso é interditado
A Justiça interditou o Centro de Ressocialização de Sorriso após inspeção da Defensoria identificar superlotação: 380 presos em espaço para 166 e condições degradantes. O juiz Rafael Depra Panichella proibiu novas entradas e determinou que o governo estadual apresente, em 30 dias, um plano para reduzir a lotação. Presos excedentes devem ser transferidos até que a unidade volte ao limite de 227 detentos. A decisão cita violação à dignidade humana e risco de rebeliões. O estado pode ser multado em R$ 2 mil por preso se descumprir as medidas. (eh fonte)
Hospital de Câncer de MT opera com déficit mensal
O Hospital de Câncer de Mato Grosso registra um déficit mensal de cerca de R$ 2 milhões, segundo balanço da unidade. Entre setembro de 2024 e setembro de 2025, foram mais de 246 mil atendimentos, 94% deles pelo SUS, cuja remuneração cobre apenas 42% dos custos. No período, o hospital recebeu em média R$ 5,3 milhões mensais do SUS, além de R$ 765 mil do Fundo de Equilíbrio Fiscal Estadual e cerca de R$ 800 mil em doações privadas. Mesmo assim, a receita total chega a R$ 6,8 milhões, enquanto as despesas passam de R$ 10 milhões por mês. (G1)
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Meio Ambiente
Temporal de granizo deixa 200 feridos em Erechim
O temporal afetou 37 mil moradores, mais de um terço da população; nove pessoas seguem desabrigadas, e a cidade decretou situação de emergência. Escolas estão fechadas, cirurgias foram suspensas e a prefeitura iniciou o cadastro dos atingidos para distribuir telhas, priorizando famílias do CadÚnico, são mais de 10 mil casas destelhadas. O governo do Rio Grande do Sul anunciou o repasse de R$ 1,5 milhão ao Fundo da Defesa Civil municipal para compra de materiais de reconstrução. (Folha SP)
Em Rio Verde, Goiás, no sudoeste do estado, teve ventos de 107 km/h, de acordo com o Inmet. A chuva forte, a velocidade do vento e a presença de granizo têm nome incomum: downburst (explosão), e surge por causa do contraste térmico. A chuva causou estragos na cidade e prejuízos na lavoura. (G1)
Economia
Taxistas poderão cobrar Bandeira 2 em dezembro
A prefeitura de Cuiabá autorizou a cobrança da Bandeira 2 pelos táxis durante todo o mês de dezembro. A medida, que passa a valer no dia 1º, busca atender ao aumento da demanda por transporte individual nas festas de fim de ano e oferecer um benefício à categoria, que não recebe 13º salário. De acordo com o decreto, entre 0h do dia 1º e 23h59 de 31 de dezembro de 2025, os taxistas poderão cobrar integralmente a tarifa correspondente à Bandeira 2 em Cuiabá. (G1)
Senado aprova aposentadoria especial para agentes de saúde
A proposta é considerada uma “pauta-bomba” por técnicos, que estimam impacto de cerca de R$ 100 bilhões, em dez anos, para o governo federal, estados e prefeituras. O projeto concede aposentadoria integral e paritária a agentes comunitários de saúde (ACSs) e agentes de combate às endemias (ACEs), com idade mínima de 50 anos para mulheres e 52 para homens.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União), afirmou que as críticas são “agressões”. O texto segue agora para a Câmara, e o governo já sinalizou que pretende vetá-lo. (O Globo)
Neoenergia vende hidrelétrica em MT
A Neoenergia vendeu ao grupo francês EDF Brasil Holding 75% de sua participação da hidrelétrica Dardanelos, em Mato Grosso, em uma operação que coloca o valor total da usina, incluindo dívidas, em R$ 2,5 bilhões. Localizada no rio Aripuanã, Dardanelos tem cinco unidades geradoras com capacidade instalada total de 261 megawatts (MW) de potência, o suficiente para atender a cerca de 1,4 milhão de habitantes. (Valor)
Marco do setor elétrico
O governo sancionou o projeto, mas retirou trechos que, segundo os técnicos, criariam insegurança jurídica ou pressionariam tarifas. Entre os vetos mais relevantes está o trecho que mudava o cálculo do preço de referência do petróleo. Também foi vetada a ampliação dos mecanismos de ressarcimento a usinas solares e eólicas afetadas por cortes obrigatórios de geração. (O Globo)
Esporte
Candidatos à presidência da FMF travam disputa
As chapas “Federação Para Todos”, de João Dorileo Leal, e “Unidos Pelo Avanço do Futebol”, de Diogo Pécora Amorim, apresentaram impugnações mútuas na disputa pela presidência da Federação Mato-grossense de Futebol.
Pécora questiona a candidatura de Leal com base em duas ações de improbidade do Ministério Público (MPMT), que investigam um suposto desvio de R$ 1,5 milhão e irregularidades em um pregão.
Leal, por sua vez, contesta a candidatura de Pécora, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, alegando incompatibilidade de cargos e possível conflito de interesses envolvendo o candidato a vice, Francisco Mendes, filho do ministro Gilmar Mendes, que possui contrato com a CBF. (Olhar Direto)






