Em uma nova rodada de críticas, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), reclamou da aprovação de 2% do orçamento estadual para emendas impositivas distribuídas aos deputados estaduais. O modelo de divisão de recursos para os parlamentares foi e é uma das bandeiras do seu aliado, o atual presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Eduardo Botelho (União). As declarações foram dadas durante o Agro Summit, evento do Bradesco BBI, em São Paulo, nesta quarta-feira (11).
Mendes classificou o modelo aprovado na ALMT, no Congresso Nacional e em algumas prefeituras de perverso e desperdício de dinheiro público.
“No Congresso estamos destinando R$ 50 bilhões para emendas. Uma ótima política para o Parlamento, mas péssima para o país. Isso virou um pinga-pinga. O modelo está todo errado e trará consequências terríveis tanto estruturantes, quanto políticas. Lá em Mato Grosso esse modelo foi aprovado e tem deputado que não entrou no meu gabinete esse ano”, comentou.
A crítica de Mendes se dá em um contexto de tensão com o deputado Eduardo Botelho (União), seu aliado e candidato à prefeitura de Cuiabá. Recentemente, Mendes já havia confrontado Botelho sobre a Lei da Pesca, acusando-o de não falar a verdade e de tentar agradar a todos sem cumprir os compromissos reforçados. A divergência entre os dois ficou evidente quando Mendes afirmou que Botelho estava se comportando de maneira incoerente, ao mesmo tempo em que tentava reverter a lei através de meios judiciais e se distanciava do posicionamento junto ao estado.
