Emendas da ALMT e o jogo eleitoral: confira o ranking

Foto: Gilberto Leite / ALMT
Dados do Painel das Emendas do eh fonte mostram que o governador Mauro Mendes tem priorizado o pagamento de emendas parlamentares a deputados estaduais da base aliada, enquanto parlamentares da oposição aparecem nas últimas posições do ranking. Os três que mais receberam até agora são Dilmar Dal Bosco (União, R$ 20,16 milhões), Beto Dois a Um (PSB, R$ 19,32 milhões) e Max Russi (PSB, R$ 18,54 milhões), todos aliados do governo.
Na outra ponta, os menores repasses foram para Lúdio Cabral (PT, R$ 4,49 milhões), Janaína Riva (MDB, R$ 7,56 milhões) e Faissal (Cidadania, R$ 7,62 milhões). Faissal tem adotado posições independentes nas votações, enquanto Janaína é pré-candidata ao Senado e deve enfrentar Mauro Mendes na disputa pela vaga.
A disparidade fica evidente ao comparar os extremos: Dilmar Dal Bosco, líder do governo, recebeu quase cinco vezes mais que Lúdio Cabral, último colocado entre os 24 deputados. O quadro reforça o peso político na liberação das emendas, que favorece aliados e deixa a oposição com os menores valores executados até o momento.
Outro movimento que chamou atenção neste mês foi o salto nos pagamentos a Juca do Guaraná (MDB), Fábio Tardin (PSB), Fabinho (PSB) e Nininho (PSD), que subiram no ranking de liberações recentes.
Cada deputado tem direito, em 2025, a R$ 25,7 milhões, sendo metade obrigatoriamente destinada à área da saúde, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Confira aqui no Painel de Emendas como cada deputado destina os recursos.
O secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, disse que o prazo para o pagamento das emendas impositivas ainda não venceu. “O governo não tem obrigação de pagar agora, o prazo é 31 de dezembro”, destacou.
“O governo tem que cumprir 100% dessas emendas, realmente o governo tem esse prazo, mas as emendas são impositivas e a lei precisa ser cumprida”, afirmou o presidente da ALMT, Max Russi.
Mais que uma disputa orçamentária, o cenário revela uma engrenagem conhecida da política brasileira: a liberação seletiva de emendas parlamentares, fenômeno intrinsecamente ligado ao jogo político-eleitoral. Embora apresentadas como instrumentos de melhoria das condições sociais e econômicas da população, as emendas também funcionam como ferramentas de consolidação de poder, ampliando a influência do Executivo sobre o Legislativo e moldando alianças em ano pré-eleitoral. Em Mato Grosso, não é diferente.
- Dep. Dilmar Dal Bosco (União) — R$ 20,16 milhões
- Dep. Beto Dois a Um (PSB) — R$ 19,33 milhões
- Dep. Max Russi (PSB) — R$ 18,55 milhões
- Dep. Dr. João (MDB) — R$ 17,71 milhões
- Dep. Paulo Araújo (PP) — R$ 17,53 milhões
- Dep. Juca do Guaraná (MDB) — R$ 17,26 milhões
- Dep. Fábio Tardin – Fabinho (PSB) — R$ 16,60 milhões
- Dep. Nininho (PSD) — R$ 16,04 milhões
- Dep. Júlio Campos (União) — R$ 15,58 milhões
- Dep. Carlos Avalone (PSDB) — R$ 15,49 milhões
- Dep. Diego Guimarães (Republicanos) — R$ 15,16 milhões
- Dep. Elizeu Nascimento (PL) — R$ 13,69 milhões
- Dep. Thiago Silva (MDB) — R$ 13,10 milhões
- Dep. Eduardo Botelho (União) — R$ 13,07 milhões
- Dep. Cláudio Ferreira (PL) — R$ 12,94 milhões
- Dep. Gilberto Cattani (PL) — R$ 11,47 milhões
- Dep. Dr. Eugênio (PSD) — R$ 11,22 milhões
- Dep. Valdir Barranco (PT) — R$ 9,55 milhões
- Dep. Wilson Santos (PSD) — R$ 9,50 milhões
- Dep. Valmir Moretto (Republicanos) — R$ 9,24 milhões
- Dep. Sebastião Rezende (União) — R$ 8,90 milhões
- Dep. Faissal (Cidadania) — R$ 7,62 milhões
- Dep. Janaina Riva (MDB) — R$ 7,57 milhões
- Dep. Lúdio Cabral (PT) — R$ 4,49 milhões
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