COLUNA

Adriana Mendes

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Emendas da ALMT e o jogo eleitoral: confira o ranking

Foto: Gilberto Leite / ALMT

Dados do Painel das Emendas do eh fonte mostram que o governador Mauro Mendes tem priorizado o pagamento de emendas parlamentares a deputados estaduais da base aliada, enquanto parlamentares da oposição aparecem nas últimas posições do ranking. Os três que mais receberam até agora são Dilmar Dal Bosco (União, R$ 20,16 milhões), Beto Dois a Um (PSB, R$ 19,32 milhões) e Max Russi (PSB, R$ 18,54 milhões), todos aliados do governo.

Na outra ponta, os menores repasses foram para Lúdio Cabral (PT, R$ 4,49 milhões), Janaína Riva (MDB, R$ 7,56 milhões) e Faissal (Cidadania, R$ 7,62 milhões). Faissal tem adotado posições independentes nas votações, enquanto Janaína é pré-candidata ao Senado e deve enfrentar Mauro Mendes na disputa pela vaga.

A disparidade fica evidente ao comparar os extremos: Dilmar Dal Bosco, líder do governo, recebeu quase cinco vezes mais que Lúdio Cabral, último colocado entre os 24 deputados. O quadro reforça o peso político na liberação das emendas, que favorece aliados e deixa a oposição com os menores valores executados até o momento.

Outro movimento que chamou atenção neste mês foi o salto nos pagamentos a Juca do Guaraná (MDB), Fábio Tardin (PSB), Fabinho (PSB) e Nininho (PSD), que subiram no ranking de liberações recentes.

Cada deputado tem direito, em 2025, a R$ 25,7 milhões, sendo metade obrigatoriamente destinada à área da saúde, conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).  Confira aqui no Painel de Emendas como cada deputado destina os recursos.

O secretário da Casa Civil, Fábio Garcia, disse que o prazo para o pagamento das emendas impositivas ainda não venceu. “O governo não tem obrigação de pagar agora, o prazo é 31 de dezembro”, destacou.

“O governo tem que cumprir 100% dessas emendas, realmente o governo tem esse prazo, mas as emendas são impositivas e a lei precisa ser cumprida”, afirmou o presidente da ALMT, Max Russi.

Mais que uma disputa orçamentária, o cenário revela uma engrenagem conhecida da política brasileira: a liberação seletiva de emendas parlamentares, fenômeno intrinsecamente ligado ao jogo político-eleitoral. Embora apresentadas como instrumentos de melhoria das condições sociais e econômicas da população, as emendas também funcionam como ferramentas de consolidação de poder, ampliando a influência do Executivo sobre o Legislativo e moldando alianças em ano pré-eleitoral. Em Mato Grosso, não é diferente.

Veja o ranking dos valores já pagos:
  1. Dep. Dilmar Dal Bosco (União) — R$ 20,16 milhões
  2. Dep. Beto Dois a Um (PSB) — R$ 19,33 milhões
  3. Dep. Max Russi (PSB) — R$ 18,55 milhões
  4. Dep. Dr. João (MDB) — R$ 17,71 milhões
  5. Dep. Paulo Araújo (PP) — R$ 17,53 milhões
  6. Dep. Juca do Guaraná (MDB) — R$ 17,26 milhões
  7. Dep. Fábio Tardin – Fabinho (PSB) — R$ 16,60 milhões
  8. Dep. Nininho (PSD) — R$ 16,04 milhões
  9. Dep. Júlio Campos (União) — R$ 15,58 milhões
  10. Dep. Carlos Avalone (PSDB) — R$ 15,49 milhões
  11. Dep. Diego Guimarães (Republicanos) — R$ 15,16 milhões
  12. Dep. Elizeu Nascimento (PL) — R$ 13,69 milhões
  13. Dep. Thiago Silva (MDB) — R$ 13,10 milhões
  14. Dep. Eduardo Botelho (União) — R$ 13,07 milhões
  15. Dep. Cláudio Ferreira (PL) — R$ 12,94 milhões
  16. Dep. Gilberto Cattani (PL) — R$ 11,47 milhões
  17. Dep. Dr. Eugênio (PSD) — R$ 11,22 milhões
  18. Dep. Valdir Barranco (PT) — R$ 9,55 milhões
  19. Dep. Wilson Santos (PSD) — R$ 9,50 milhões
  20. Dep. Valmir Moretto (Republicanos) — R$ 9,24 milhões
  21. Dep. Sebastião Rezende (União) — R$ 8,90 milhões
  22. Dep. Faissal (Cidadania) — R$ 7,62 milhões
  23. Dep. Janaina Riva (MDB) — R$ 7,57 milhões
  24. Dep. Lúdio Cabral (PT) — R$ 4,49 milhões
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