Por que estou aqui, cuidando de um cantinho do eh fonte?
Será que me senti desafiada, depois de décadas em redações, atuando diariamente em várias frentes? Sempre compus equipes, coordenando, editando, me dou bem com o chão de fábrica, a mão na massa.
Formei-me engenheira agrônoma aos 21 anos, certa da minha paixão. Aos 30, me diplomei em Comunicação Social – Habilitação Jornalismo. Nunca me senti confusa, sempre que possível, juntei as duas coisas.
Tenho facilidade em alinhavar uma cobertura jornalística, que envolve muita gente. Mas não me é nada familiar o voo solo, com meu nome agregado. Eis aqui outro desafio para me tornar colunista.
Mas sei que posso juntar as pontas, construir pontes, buscar assuntos, abordagens que façam sentido para quem lê, assiste ou ouve.
Por isso a coluna sobre agropecuária quer buscar resposta para a pergunta “E eu com isso?”. O campo se sente pouco conhecido e valorizado na cidade? Vamos conversar. Há ideias preconcebidas sobre o universo agro? Ótima pauta!
Falo de um agro para além dos jingles, das frases feitas. Vai ter números? Vai. E também teremos a voz das pessoas por trás dos números, elas as protagonistas de fato.
Jornalista não pode ser ingênuo ou ufanista. É fato que Mato Grosso é o maior produtor de soja, algodão, milho, carne bovina e etanol de milho. Está semeado de cidades jovens e dinâmicas, que geram oportunidades, emprego, renda.
A comunicação deve realçar o contexto, os fatores que trouxeram até aqui, o papel dos diferentes atores – privados e públicos -, com as consequentes transformações geográficas, ambientais, políticas e sociais. E buscar dar voz aos agentes e exemplos que tentam diminuir as desigualdades sociais, ainda tão profundas.
Tudo tem valor e espaço. A agropecuária empresarial, que acessa tecnologias de ponta, que produz commodities, e as formas tradicionais de produção, o extrativismo, a produção familiar vocacionada para a diversificação.
E igualmente importante é refletir sobre onde se quer chegar. Tecnologia e inovação podem – e devem – ser ferramentas para o desenvolvimento humano integral. E devem diminuir a pegada ambiental.
Por isso a coluna vai tratar muito de legislação ambiental, ESG, pegada e crédito de carbono, compensação ambiental, COP, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta. E irá em busca das iniciativas que respondam ao dilema de utilizar bem os recursos limitados para as demandas (quase) ilimitadas.
Se eh fonte é para mim um desafio, sinto que ele será facilitado por ter como parceiras jornalistas experientes e comprometidas com a informação de qualidade.
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