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PF investiga Gilberto Figueiredo por suspeita de desvio em contratos públicos

Foto: Michel Alvin/Secom-MT

 

A Polícia Federal (PF) apura o envolvimento do secretário de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, em um esquema de desvio de recursos provenientes de contratos suspeitos em hospitais públicos de Mato Grosso. O nome do secretário foi citado nos relatórios da Operação Panaceia, deflagrada em 6 de dezembro, que investiga possíveis fraudes.

O governador Mauro Mendes, inicialmente, negou saber do processo, mas depois afirmou que tinha conhecimento da denúncia e que está “muito tranquilo” em relação ao caso. “Ele (Gilberto Figueiredo) disse que tem todas as explicações, tem investigação sim do nome dele, mas não tem nenhuma evidência de nada que possa comprometer a idoneidade dele. Me assegurou isso, algumas pessoas já viram o processo e eu estou muito tranquilo com relação a isso”, declarou.

As  movimentações financeiras consideradas suspeitas ocorreram entre março de 2021 e outubro de 2023. Uma reclamação criminal obtida pelo eh fonte aponta  operações incompatíveis com a capacidade financeira de Figueiredo, incluindo transações entre ele e seu filho, Renato Giacomini Figueiredo.

Entre as operações mencionadas, destaca-se uma transferência de R$ 50 mil de Gilberto para Renato e um retorno de R$ 99 mil. O relatório da PF afirma: “A informação se deu, pois, a movimentação é incompatível com a capacidade financeira do titular da conta, podendo a conta estar sendo utilizada em benefício de terceiros ou para movimentar recursos oriundos de negócios alheios”.

O relatório também aponta que Gilberto recebeu R$ 73 mil em outra transação com o filho e, posteriormente, mais R$ 157,5 mil. Segundo a investigação, Renato teria transferido um total de R$ 329,7 mil ao pai no período de  19/08/2021 a 10/10/2023.  Além disso, o relatório menciona outras pessoas envolvidas, incluindo representantes de uma escola particular e ex-funcionários da Secretaria de Educação.

Outra transação envolveu a filha de Gilberto, Khadine Giaconomini Figueiredo, que tem vínculo na secretaria de Educação,  que teria movimentado R$ 280 mil em envios e recebido R$ 128 mil. Essas movimentações chamaram a atenção da PF, que segue investigando possíveis vínculos com o esquema de desvio.

Em nota, o secretário afirmou ter tomado conhecimento do inquérito pela imprensa e se colocou à disposição das autoridades para esclarecer as transações. Ele declarou que as operações realizadas no âmbito familiar estão de acordo com a legislação vigente e serão devidamente explicadas.

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