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Zuquim quebra silêncio e diz que investigação ‘respinga’ no TJMT

Foto: Josi Dias

Pela primeira vez, seis meses após assumir a presidência do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), o desembargador José Zuquim Nogueira admitiu publicamente que o afastamento de magistrados por suspeita de corrupção reflete negativamente na imagem da Corte.

“Eu digo que, obviamente, reflete na opinião pública. Não tem como eu fugir disso. Isso reflete, respinga, mas são situações pontuais que não maculam o Judiciário num todo”, afirmou.

Além do caso dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, em 2023, o TJMT teve reflexos negativos com a polêmica do vale-peru e a divulgação de salários com penduricalhos que extrapolam o teto constitucional.

A declaração foi dada após a abertura da inspeção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que será realizada nesta semana em Cuiabá. O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell Marques, esteve presente na solenidade.

O presidente do TJMT defendeu a responsabilização dos investigados pelos órgãos competentes. Ele considerou que as situações são pontuais e não afetam o Judiciário como um todo, ressaltando a credibilidade da Justiça brasileira.

“Eu digo que são escolhas. Eu escolhi realmente, nestes 40 anos de magistratura, me pautar com seriedade e prestar serviço à sociedade, que me paga para isso”, disse Zuquim. Ele destacou também que existem “boas práticas” para melhorar o desempenho do Tribunal.

Indagado se adotaria uma nova postura, com entrevistas mais frequentes à imprensa, Zuquim informou que seguia uma orientação de sua equipe. “Fui orientado que eu me preparasse, mas para enfrentar vocês (jornalistas) eu não preciso de preparo, quero ser transparente”, afirmou o presidente do TJMT.

Segundo o CNJ, a inspeção já estava prevista e não tem relação com as investigações dos desembargadores afastados. No total, a equipe tem 30 integrantes.

Serão inspecionadas presencialmente pelo CNJ unidades judiciárias de primeiro e segundo graus de jurisdição (cíveis e criminais), além dos gabinetes da presidência, vice-presidência, corregedoria-geral da Justiça (CGJ), unidades administrativas e foro extrajudicial.

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