COLUNA

Adriana Mendes

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Pré-campanha eleitoral ferve em Cuiabá

Chialá (espia lá) os dois brigando por uma vaga, diria o cuiabano raiz. A definição do União Brasil de quem será o indicado como pré-candidato à prefeitura de Cuiabá (MT) entre os dois postulantes do partido, nas eleições de 2024, está prevista para sair neste fim de ano.  De um lado está o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho, e do outro o deputado federal Fábio Garcia, apoiado  pelo governador Mauro Mendes, presidente do União em Mato Grosso, e pela primeira-dama Virgínia Mendes.

Nenhum dos dois quer largar o osso, o que pode prejudicar ambos. Com campanha na rua há meses, Botelho anda com a agenda lotada, patrocinando eventos e articulando nos bastidores. Sai em vantagem pela popularidade e conta com apoio do senador Jayme e do deputado estadual Júlio Campos, do União.

Fábio Garcia deixou o mandato na Câmara e assumiu o  comando da Casa Civil com o objetivo de ganhar mais visibilidade. É figurinha carimbada nos eventos da primeira-dama, mas está com o discurso “amarrado” em função do cargo, avaliam pessoas próximas. Até agora não decolou.

Se realmente não houver acordo, como tudo indica, Botelho está de malas prontas para o PSD, partido do ministro Carlos Fávaro. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, aliado de Lula, abriu as portas do partido e aguarda apenas a filiação.

Quanto ao PT, os filiados irão definir até dezembro quem será indicado pré-candidato do partido: o deputado estadual Lúdio Cabral ou Rosa Neide, ex-deputada federal e atual diretora-executiva da Conab. Os dois são nomes de peso para uma candidatura própria. Quem vencer terá o nome indicado para Federação, que inclui PV e PCdoB.

No PV, o vice-prefeito José Roberto Stopa se apresenta como candidato e tem na bagagem seu grande conhecimento dos problemas da capital. No entanto, carrega a rejeição do chefe, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o homem do paletó. Como o PV integra a federação, é pouco provável que seu nome seja o cabeça de chapa.

Existe, na praça, um excesso de nomes apontados “com potencial”. O deputado federal Abilio Brunini (PL-MT), derrotado na eleição passada pelo atual prefeito por uma diferença de seis mil votos, é outro pré-candidato. O fracasso eleitoral de Abílio em Cuiabá é visto como uma resposta aos seus posicionamentos radicais. No entanto, o bolsonarista ganhou uma vaga na Câmara e tem também uma parcela garantida de votos.

Figura popular nas eleições, o procurador Mauro (PSOL) aparece em todos os pleitos eleitorais da capital e do estado, conquistando votos de protesto e dos indecisos. Também deve concorrer em 2024. Tem ainda o deputado Carlos Avallone (PSDB), que apresentou sua candidatura pelo partido, e os nanicos que sempre marcam posição.

O que temos é um verdadeiro ‘sarau político’, com nomes fortes, o que garante um segundo turno. Mas até que as alianças sejam seladas e as candidaturas oficializadas haverá muitas negociações e reviravoltas. Portanto, os pretendentes terão que ‘correr duro’, pois ainda tem muita água para rolar antes que o cenário eleitoral na disputa pela prefeitura de Cuiabá seja definido de fato.

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