Ah! Dá licença

Ninguém poderá afirmar, em sã consciência, que conseguiu decifrar o imbróglio envolvendo o Governador do Estado e o Conselheiro Sérgio Ricardo.  A uma, porque não há registro histórico comparável ao episódio; a duas, porque não é crível que alguém peça para trabalhar desmotivadamente; a três, porque é consabido que o Conselheiro Valter Albano é unanimidade dentre seus pares.  Estando a matéria sob a judiciosa apreciação do Conselheiro Valter, chega às raias do absurdo que o presidente da Corte de Contas ou alguém, tenha a coragem de destitui-lo da relatoria por evidente bizantinice.

​​O governador Mauro Mendes governa o Estado com isenção e total responsabilidade.  Ele não precisa roubar ou deixar que outros roubem o dinheiro público.  Quem ou aquele que tiver prova de algum crime, manobra, falcatrua, com as digitais do engenheiro Mauro Mendes que atire a primeira pedra para receber em troca uma avalanche de pedradas.

​​Não tenho procuração para fazer a defesa do governador neste ou em qualquer outro episódio envolvendo o administrador público.  Mas tenho, como cidadão o direito e como jornalista o dever de opinar nas coisas que sacodem a opinião pública.

​​Ficamos assim: Determinada matéria é encaminhada para análise do Tribunal de Contas.  Ali, regimentalmente, é sorteado um conselheiro relator.  Referido relator encaminha a relatoria procurando instruir o processo que se formou.  De repente, sem mais nem menos, o presidente da casa tomado por forças ocultas avoca para si a relatoria e destitui o relator natural.  Criou-se uma saia justa para o poder judiciário resolver e a questão foi parar em todos os locais onde o ser humano se reúna para pensar e expor suas ideias.

​​Que Deus tenha piedade de nós.

* Evaldo de Barros é Procurador de Justiça aposentado e jornalista.

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