Campanha mobiliza apoiadores pelo nome de Ivens Scaff ao Hospital Central
Uma campanha para que o Hospital Central de Cuiabá receba o nome do médico, escritor e professor Ivens Cuiabano Scaff ganhou repercussão nas redes sociais e apoio de importantes instituições de Mato Grosso. Ivens faleceu em abril de 2024, aos 72 anos, após décadas de dedicação à população mato-grossense como médico do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT) formalizou seu apoio por meio de um ofício enviado ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB). O documento relembra o surgimento da mobilização que se iniciou em fevereiro deste ano, durante o evento “Ivens Entre Amigos”, que lotou o Teatro do Sesc Arsenal em homenagem ao médico, um ano após sua morte.
Já tramita na Casa um projeto de lei, de autoria do deputado Beto Dois a Um (União), que propõe a denominação “Hospital Central Dr. Ivens Cuiabano Scaff”. Na justificativa, o parlamentar destaca que Ivens foi um “defensor da saúde pública”, referência nacional no tratamento do HIV e autor de importantes obras da literatura mato-grossense, como “Uma maneira simples de voar” e “Kyvaverá”.
A campanha ainda conta com apoio da Academia Mato-Grossense de Letras (AML), na qual o escritor ocupou cadeira de número sete. Em uma carta aberta, a instituição solicita o reconhecimento “por clamor social”, destacando que seria uma justa homenagem ao médico cuiabano. A Academia Mato-Grossense de Magistrados (AMA) também destacou que Ives Scaff “acolhia e tratava com respeito, humildade e competência” seus pacientes.
Ivens nasceu em Cuiabá e se formou em Medicina pela Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, e atuou como médico clínico, gastroenterologista e infectologista, além de professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Como escritor, sua obra é vasta, marcada especialmente por Kyvaverá, um de seus livros de poesias mais conhecidos, “que é uma declaração de amor e um lamento dedicado à capital e seus arredores”. Ele dedica a obra “a todas as pessoas a quem a simples menção do nome Cuiabá evoca vibrações felizes em seus corações.”
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